Quinta-feira, 7 de Agosto de 2025

TIM vai emitir R$ 5 bilhões em debêntures

A TIM Brasil obteve aprovação unânime de seus acionistas para realizar uma nova emissão de debêntures no valor total de R$ 5 bilhões. A deliberação foi tomada na Assembleia Geral Extraordinária realizada na segunda-feira, 23 de junho, na sede da companhia no Rio de Janeiro.

Trata-se da segunda emissão pública de debêntures simples da TIM, não conversíveis em ações, estruturada em até duas séries. A operação será feita por meio de oferta pública com registro automático e terá como público-alvo apenas investidores profissionais.

O valor nominal unitário das debêntures será de R$ 1 mil, e os papéis terão vencimentos em julho de 2030 (para a primeira série) e julho de 2032 (para a segunda série). A remuneração será indexada à taxa DI, acrescida de um spread definido em bookbuilding, com teto de 0,80% ao ano para a primeira série e de 0,95% para a segunda.

Segundo a ata da assembleia, os recursos líquidos captados com a nova emissão serão destinados ao resgate antecipado da totalidade das debêntures da primeira emissão da companhia (código TBSP11) e ao pagamento de dividendos extraordinários, “além de outros propósitos corporativos”.

Avaliação de crédito da Fitch
No mesmo dia da deliberação, a Fitch Ratings reafirmou o rating nacional de longo prazo “AAA(bra)” da TIM Brasil e da TIM S.A., com perspectiva estável. A agência destacou o forte perfil de negócios e a baixa alavancagem da companhia, com dívida líquida projetada em R$ 2 bilhões em 2025. A estrutura financeira e a geração de caixa consistente sustentam a perspectiva positiva para o serviço da dívida, mesmo com o novo endividamento.

De acordo com a Fitch, o fluxo de caixa livre (antes dos dividendos) da TIM deve alcançar R$ 187 milhões neste ano e ultrapassar R$ 1,2 bilhão em 2026.

A agência também lembra que a operadora detém uma participação de 23,4% no mercado móvel nacional, atendendo a 62 milhões de usuários, com crescimento de receita média por usuário (ARPU) e foco em digitalização e serviços B2B. A manutenção do rating no topo da escala nacional reflete ainda a posição da TIM como terceira maior operadora móvel do país, atrás da Telefônica Vivo e da Claro. A expectativa de que a alavancagem líquida permanecerá abaixo de 1 vez o EBITDA.

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