Terça-feira, 5 de Agosto de 2025

Soluções integradas

Apesar de puxar muita energia, a própria IA pode ser uma solução para baixar a demanda de energia atrelada à ferramenta. Ainda mais, a partir de fontes renováveis de energia. “É uma linha de trabalho que já existe. A própria ferramenta pode ajudar no desenvolvimento de modelos com mais segurança energética tanto em relação ao clima quanto à própria geração”, explica Rodrigues. A IA, por exemplo, pode ajudar na formatação de usinas solares, ao determinar, com exatidão, a capacidade e a geração necessária para determinada planta. Fabio Moro aponta para outro desafio: a qualidade e a disponibilidade dos dados. “Muitos sistemas ainda são antigos e os dados não estão organizados da forma ideal para alimentar algoritmos avançados.” E não basta apenas melhorar os conjuntos de dados. Infraestrutura tecnológica e capacitação profissional, além da adaptação da legislação para acompanhar as inovações, especialmente em segurança cibernética, são pontos igualmente essenciais.

“Nos próximos 5 a 10 anos, a inteligência artificial vai revolucionar o setor elétrico brasileiro em uma escala ainda maior. A IA será a inteligência por trás das redes inteligentes (smart grids), tornando os sistemas mais autônomos e resilientes”, prevê Moro. Com isso, a otimização da comercialização de energia também vai mudar de patamar. Assim como os novos modelos de negócio e de oferta de serviços personalizados.

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