Prometeon Gravataí avança na reciclagem de bitucas e evita contaminação de milhares de litros de água
A fábrica da Prometeon Tyre Group em Gravataí tem se destacado na luta contra a poluição ambiental por meio do projeto de Reciclagem de Bitucas de Cigarro, implantado em junho de 2024. Somente no mês de junho deste ano, as unidades de Gravataí e Santo André (SP) coletaram 24.250 bitucas, o que impediu que 12.125 litros de água fossem contaminados pelo descarte incorreto desse resíduo.
Desde o início do programa, já foram recolhidas 338.675 bitucas nas duas fábricas, evitando que 135,47 kg de lixo tóxico chegassem ao meio ambiente.
A iniciativa, realizada em parceria com a empresa Poiato Recicla, transforma as bitucas recolhidas em novos produtos, fortalecendo a economia circular. Após a coleta, o material passa por triagem, lavagem e descontaminação para retirada de toxinas. Em seguida, é triturado e separado em três componentes: acetato de celulose (filtro), papel e resíduo de tabaco — cada um com um destino específico de reciclagem. O acetato, por exemplo, é transformado em papel reciclado; o papel segue para reciclagem convencional; e os resíduos de tabaco viram compostos ou biofertilizantes.
Impacto ambiental e social
Apontadas como um dos tipos de lixo mais comuns do mundo, as bitucas de cigarro contêm mais de 4 mil substâncias tóxicas. O descarte inadequado pode poluir solo, rios e mares, prejudicando ecossistemas e a vida marinha. Com o projeto, a Prometeon aponta ganhos em quatro pilares: ambiental, com redução da poluição; social, com geração de empregos e conscientização; econômico, criando valor a partir de resíduos; e inovação, com tecnologias pioneiras de reciclagem.
“Com um pouco de planejamento e vontade, é possível eliminar muito do lixo que se produz. Além disso, criamos um espaço com informação na área das lixeiras dos fumantes, como parte de campanha interna de combate ao vício”, afirma Fabiana Santana, diretora de Recursos Humanos da Prometeon para as Américas.
A tecnologia usada pela Poiato Recicla foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e transforma as bitucas em massa celulósica para produção de papel artesanal. Esse papel é confeccionado por oficineiros do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, sendo utilizado para capas de cadernos, blocos e agendas. A comercialização desses produtos contribui para a renda e reinserção social de pessoas em tratamento de saúde mental.
Com presença em quatro países e cerca de oito mil colaboradores, a Prometeon reforça, a partir de Gravataí, seu compromisso com soluções que unem sustentabilidade ambiental e impacto social positivo.