Portobello estuda instalar rede celular privativa em fábrica
“Tecnologia sempre foi algo muito pulsante na Portobello, mas não necessariamente a digital. Foi a primeira empresa a produzir porcelanato em grandes formatos, de 1,2m x 90cm, ou 1,80m x 1,20m, por exemplo. A gente construiu a tecnologia para fabricar isso. Trabalhamos com tecnologias de relevos e superfícies, criamos novos estilos. Temos tradição nisso. Mas agora o Portobello Grupo entende que a tecnologia digital, como plataformas, apps, IA, BI, LLM etc, deveria ser adotada para agregar valor à marca”, relata Mathias.
O projeto foi dividido em três pilares: “Go digital”, de implementação de ferramentas digitais; “Be digital”, de capacitação digital dos colaboradores; e a adoção de habilitadores digitais, recursos necessários para a construção de novas ferramentas digitais. As três frentes andam em paralelo dentro de várias iniciativas que compõem a jornada de transformação digital do grupo.
Etapas concluídas
A migração de sistemas para a nuvem, a adoção de arquitetura de microsseserviços, a atualização de softwares com linguagens de programação mais avançadas e a implementação de medidas de cibersegurança estão entre as principais ações que compõem o plano.
O ERP é o próximo sistema que vai migrar para uma nuvem privada, o que deve diminuir em quase 70% a utilização do data center on premise da Portobello. A tendência é que esse data center seja desativado no futuro.
Além disso, diversas ferramentas digitais foram implementadas ao longo dos últimos dois anos como parte do plano. Uma delas é uma solução de gestão e previsibilidade de demanda para o Portobello Shop usando inteligência artificial e machine Learning que reduziu em quase 50% o nível de ruptura de estoque.
Outra é um aplicativo móvel focado em aumentar a produtividade do time de vendas da Portobello. No app, os vendedores gerenciam seus leads e o relacionamento com seus clientes. Lançado no fim de 2024, já aumentou a produtividade de 90% dos vendedores desde então.
Futuro
Além da possível implementação de uma rede celular privativa na fábrica em Tijucas, Mathias quer usar o ambiente digital para reduzir o tempo necessário para o lançamento de novos produtos da Portobello.
“Queremos diminuir o ciclo de inovação na indústria. O tempo entre ter a ideia e ver a peça pronta é grande. Com o digital devo conseguir encurtar isso e reduzir os custos com protótipos”, prevê o head de transformação digital e TI da companhia.