Política de cabos submarinos complementará atração de data centers
O Ministério das Comunicações anunciou nesta terça-feira, 13, a largada de construção de uma Política de Cabos Submarinos. O órgão afirma que a política pretende impulsionar a indústria nacional, estabelecer um quadro normativo atualizado e seguro, buscar formas de potencializar a integração entre os esforços da União e dos estados e fortalecer as condições para que o Brasil atraia investimentos, inclusive na construção de data centers.
A pasta abriu uma Tomada de Subsídios sobre o tema. As contribuições ocorrem pela plataforma Participa Mais Brasil, até 27 de junho.
De acordo com o MCom, a ideia é criar Zonas de Interesse para Ancoragem (ZIAs) a fim de reverter o cenário de concentração da infraestrutura em determinadas áreas do país – atualmente em Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP) e Praia Grande (SP), além de outras 12 cidades litorâneas no Sudeste e Nordeste.
A consulta, destinada ao setor público, privado, especialistas e entidades da sociedade civil, conta com questionário que inclui questionamentos como: “de que forma a política pode apoiar o desenvolvimento da infraestrutura de retaguarda” nos pontos de ancoragem, como “redes terrestres, data centers e energia”.
As questões sugeridas também abordam quais são as vantagens e os desafios para que se estabeleçam as ZIAs, assim como os critérios que devem ser considerados para a escolha dos locais de instalação e se a política deve priorizar regiões menos desenvolvidas.
O MCom prevê o lançamento da Política Nacional de Cabos Submarinos até o fim do ano, após a análise das contribuições.
Política de Data Centers
A Política de Data Centers, por sua vez, vem sendo discutida principalmente no âmbito dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As linhas gerais já divulgadas pelo governo federal sinalizam a ideia de desonerar a cadeia, antecipando efeitos da reforma tributária ao setor. O governo aponta como principal vantagem estratégica do país o potencial de gerar energia renovável. A previsão é de lançamento ainda neste semestre.