Quinta-feira, 7 de Agosto de 2025

Nokia planeja mais aplicações de missão crítica para redes privativas

A Nokia não quer se limitar à oferta a prover conectividade para redes privativas, mas também aplicações, especialmente de missão crítica, disse Alberto Rodrigues, head of business development da fornecedora, durante apresentação no 5º MPN Forum, evento organizado por Mobile Time na última quinta-feira, 26, em São Paulo.

Um primeiro exemplo é a Nokia Cognitive Digital Mine (CDM), uma aplicação para mineração que cria um gêmeo digital de uma mina. Ela foi criada pela Nokia Bell Labs no Brasil com 17 patentes proprietárias a partir da coleta de dados com caminhões autônomos em uma prova de conceito na Mina de Carajás/PA da Vale.

“São caminhões rodando 24/7, coletando a cada 10 segundos mais de 200 parâmetros. Os veículos têm seis sensores embarcados, para medir temperatura, vibração etc”, detalhou o executivo.

Os caminhões coletaram e enviaram os dados pela rede privativa 4G da Vale e uma rede temporária 5G. Os dados foram recebidos pela Geolabs, uma plataforma que cria modelos de inteligência artificial. Isso permitiu criar o gêmeo digital da mina.

Nokia em missões críticas
Rodrigues explicou que a solução é baseada em uma caixa que possui: CPE para conexão com 4G ou 5G, LoRA, Tetra e satélite; GPU para fazer modelos de IA; otimização de vídeo 8K; conectividade por rede privativa ou pública; controle via CDM Central; e apoio do centro operacional do CDM da Nokia.

Como resultado na PoC, a mineradora brasileira teve 9% de redução de paradas não planejadas, 25% de aumento de produtividade e 80% de melhoria de segurança para a equipe de TI que trabalha no ambiente extrativo.

Segundo Rodrigues, a fornecedora planeja criar aplicações para os segmentos de defesa, portos, ferrovias e utilities. Essas tecnologias podem ser usadas no exterior. A Nokia tem suas tecnologias em uso em 40 empresas e 80 minas, por exemplo.

Com base nos Mapa do Ecossistema de Redes Celulares Privativas (RCP) de julho de 2024 feito por Mobile Time, o executivo afirmou que a Nokia estima ter 65% de market share do mercado nacional de redes celulares privativas.

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