Quarta-feira, 6 de Agosto de 2025

Mineração urbana: Medida pode ser solução para descarte de lixo eletrônico

A mineração urbana vem ganhando forças nas cidades de todo o mundo. Trata-se de uma medida voltada para a exploração e extração de matérias-primas, além da recuperação de recursos descartados, impulsionando assim, a economia circular. 

De acordo com informações do portal Metrópoles, este tipo de mineração inclui a reciclagem de plástico,  vidro e até metais – como ouro, prata e alumínio. A ideia é que resíduos extraídos de baterias, por exemplo, possam servir para novas baterias. Tal como os fios, que podem ser reaproveitados para a geração de energia em novas localidades. 

“A mineração urbana é um processo fundamental para transformar resíduos eletroeletrônicos, como celulares, notebooks e pilhas, em novas matérias-primas, evitando a necessidade de extrair recursos naturais finitos”, explicou o gerente executivo da Green Eletron, Ademir Brescansin, segundo a reportagem.

Um dos pontos positivos é a proteção ao meio ambiente, visto que os materiais recuperados deixam de afetar diretamente a flora e a fauna, além da própria saúde das pessoas.

O Panorama dos Resíduos Sólidos de 2024 aponta que apenas 8% dos resíduos sólidos urbanos produzidos no Brasil são reciclados – estes, contou, na época, com 80 milhões de toneladas. Sobre eletrônicos, a Universidade das Nações Unidas indicou que o país descartou mais de dois milhões de toneladas e reciclou menos de 3% em 2019. 

Neste ano, o Acordo Setorial de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, assinado pelo governo federal, entrou em vigor e virou Decreto Federal em 2020. A meta para este ano seria de 17%.

“As perspectivas para a mineração urbana no Brasil são extremamente promissoras. Temos percebido um avanço consistente, com mais de 7.300 toneladas de eletroeletrônicos coletadas apenas em 2024. Porém, ainda enfrentamos desafios como a adesão plena das empresas à logística reversa e a superação da cultura de armazenamento doméstico — hoje, 85% dos brasileiros ainda guardam resíduos eletrônicos em casa”, conclui o gerente executivo da Green Eletron.

 

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