Quarta-feira, 6 de Agosto de 2025

Lixo vai virar composto sustentável em Garibaldi

Garibaldi será a primeira cidade no Brasil a processar 100% do resíduo sólido urbano, transformando-o em um composto biossintético industrial. A usina Bionergia Soluções Sustentáveis, responsável pela transformação do material, foi inaugurada nesta segunda-feira no município.

Conforme o prefeito Sérgio Chesini, a instalação do empreendimento reforça o compromisso da administração municipal com a sustentabilidade. “Apostamos nesse projeto, porque entendemos a importância de investirmos em soluções corretas para o meio ambiente.”, diz.

Chesini também destaca que o funcionamento da usina também vai permitir a redução de custos da prefeitura com o descarte final de resíduos. Hoje, o município coleta em torno de 700 toneladas de lixo por mês, que são destinados para um aterro sanitário que fica a cerca de 200 quilômetros de distância.

“Com o funcionamento da usina, esses resíduos serão transformados em compostos biossintéticos no município, trazendo economia para os cofres da prefeitura, a um custo menor e sem a necessidade de pagar-se pelo frete que levaria o lixo até o aterro, além de ampliar a arrecadação de impostos do município e gerar emprego para os garibaldenses”, afirmou.

O sócio-diretor da Bionergia Holding, Alexandre Elesbão, explica que a usina de Garibaldi é pioneira. “Existem usinas que fazem a separação entre resíduos plásticos e orgânicos, por exemplo. Mas, Garibaldi será a primeira cidade a processar 100% do material”, explica.

Conforme Elesbão, a tecnologia utilizada pela empresa se caracteriza por um processo termodinâmico de forma mecânica. “Esse processo transforma todo o universo dos resíduos – orgânicos e não orgânicos – e materiais não passíveis de reciclagem, dando origem a um produto único, livre de amônia, materiais pesados e com alto poder calorífico, que pode servir como matéria-prima para produção de vapor ou energia, por exemplo”, esclarece.

Elesbão acrescenta que a empresa quer firmar uma parceria. “Nosso objetivo é um acordo com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Garibaldi, pois os resíduos passíveis de reciclagem não são interessantes ao nosso processo e pretendemos auxiliar a todos nas políticas de coleta seletiva para aumentar ainda mais a renda dos Cooperados da mesma”, justificou.

O empresário afirmou ainda, que no momento, a usina atenderá somente a demanda de Garibaldi, mas em um futuro próximo, ampliará sua capacidade de processamento para até 50 toneladas por dia.

 

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