IBGE: diferença racial no acesso à Internet cai no Brasil
A desigualdade racial no acesso à Internet no Brasil diminuiu entre 2016 e 2024, segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE na última quinta-feira, 24. Em 2016, a diferença entre os percentuais de pessoas brancas, pretas e pardas que utilizavam a Internet era de 12,3 pontos percentuais. O levantamento mais recente mostra que essa diferença caiu para apenas 1,6 ponto.
Em 2024, 90% das pessoas brancas com 10 anos ou mais usaram a Internet. Entre pessoas pretas, o índice foi de 88,4%, e entre pessoas pardas, 88,6%. O cenário é diferente de 2016, quando 72,6% dos brancos acessavam a rede, contra 63,9% dos pretos e 60,3% dos pardos.
Os dados fazem parte do módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação da PNAD Contínua, que analisa desde 2016 o uso da Internet, da televisão e a posse de telefone celular, com recortes por raça, idade, escolaridade, localização geográfica, entre outros.
A pesquisa também mostra aumento geral no acesso à Internet no Brasil — impulsionado por políticas públicas, maior cobertura de infraestrutura e popularização de dispositivos móveis.
Na avaliação do Ministério das Comunicações (MCom), esses números indicam que o País “avançou na redução das desigualdades raciais no acesso à Internet”.
“A inclusão digital é um direito e um instrumento de justiça social. Quando levamos internet para as comunidades quilombolas, periferias, áreas rurais e regiões remotas, estamos dando oportunidades para que todos tenham acesso à informação, educação, serviços públicos e mercado de trabalho”, afirmou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.