Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025

Fujifilm acelera transição verde no Brasil com energia 100% renovável e metas ambiciosas de carbono neutro até 2040

Com fábrica em Manaus migrando para o Mercado Livre de Energia, compra de créditos de carbono e fortalecimento da economia circular, a multinacional japonesa reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a economia de baixo carbono
A Fujifilm está intensificando sua atuação sustentável no Brasil, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e ao plano global Sustainable Value Plan 2030, que orienta as ações ambientais da empresa em todo o mundo. No país, os avanços mais recentes passam pela transição energética da fábrica de Manaus, investimentos em créditos de carbono, ampliação da logística reversa e engajamento de fornecedores em práticas ESG (ambiental, social e de governança).

De acordo com a companhia, a unidade de Manaus passará a operar 100% com energia proveniente de fontes renováveis a partir do segundo semestre de 2025, consolidando um marco relevante na sua estratégia de descarbonização. Essa mudança está diretamente conectada ao inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Fujifilm, que identificou a cadeia logística e a mobilidade corporativa como os principais focos de emissão.

Transição energética e neutralidade de carbono
A transição da unidade fabril de Manaus para o Mercado Livre de Energia reforça a estratégia da Fujifilm de reduzir custos, ganhar autonomia e ampliar o impacto positivo na matriz energética nacional. A empresa também definiu metas ousadas: reduzir 50% das emissões de CO₂ até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2040, contemplando todo o ciclo de vida dos produtos.

Essas metas dialogam com um cenário global preocupante. Segundo o Boston Consulting Group (BCG), a cadeia logística responde por 22% das emissões de gases de efeito estufa no mundo. No contexto brasileiro, a decisão da Fujifilm antecipa tendências que deverão se intensificar com a descarbonização da indústria e a busca por fontes limpas no processo produtivo.

Compensação ambiental e conservação da Amazônia
Além da redução direta das emissões, a Fujifilm está ampliando seus investimentos em créditos de carbono para compensar emissões residuais. Até o final de 2025, está prevista a aquisição de 120 VCUs (Unidades Verificadas de Carbono), provenientes de projetos certificados pela plataforma Verra, com foco na preservação da Amazônia e na geração de benefícios sociais e ambientais nas comunidades locais.

Essas ações fortalecem o posicionamento da empresa como agente ativo da economia de baixo carbono, em linha com a crescente valorização do mercado de créditos de carbono no Brasil e no mundo.

Economia circular e logística reversa ganham força
Outro eixo central da estratégia sustentável da Fujifilm é a economia circular. A empresa vem expandindo programas de logística reversa, garantindo a coleta e destinação adequada de equipamentos eletrônicos e embalagens pós-consumo. Essa frente é especialmente relevante diante do aumento expressivo dos resíduos eletrônicos no Brasil, que ocupa hoje a quinta posição global e a segunda nas Américas entre os maiores geradores de lixo eletrônico, com 2,4 milhões de toneladas anuais, segundo o Global E-waste Monitor 2024.

Em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), a Fujifilm mantém parcerias com entidades como a ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos) e a Green Eletron. Pontos de coleta voluntária estão distribuídos em lojas, farmácias, escolas e órgãos públicos em diferentes regiões do país, ampliando o acesso da população à reciclagem.

Inovação com propósito: o selo Green Value Product
A Fujifilm também reforça seu compromisso com a inovação sustentável por meio do selo Green Value Product, que classifica seus produtos de acordo com o desempenho ambiental nas categorias prata, ouro e diamante. A meta global é que 60% do faturamento da empresa até 2030 provenha exclusivamente de produtos com essa certificação. Atualmente, 24% dos produtos vendidos globalmente já possuem o selo, representando um volume de R$ 26 bilhões.

Essa abordagem une eficiência energética, durabilidade e menor impacto ambiental, consolidando a visão de que sustentabilidade e rentabilidade podem caminhar juntas.

ESG na cadeia de fornecedores e inclusão social
A cadeia de suprimentos também é peça-chave na jornada ESG da Fujifilm. A empresa realiza um mapeamento rigoroso de fornecedores, avaliando critérios como ética, impacto ambiental e respeito aos direitos humanos. Globalmente, o grupo já avaliou mais de 1.400 fornecedores, garantindo maior transparência e governança em toda a cadeia produtiva.

Em nível local, a unidade de Manaus aderiu à Iniciativa ZFM+ESG, lançada pela Suframa, que incentiva práticas de gestão de resíduos, segurança do trabalho e integridade corporativa. Nacionalmente, a Fujifilm também se tornou signatária do Pacto de Promoção da Equidade Racial, reforçando seu comprometimento com a diversidade e inclusão.

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