Sexta-feira, 25 de Julho de 2025

Cooperativas levam energia elétrica a municípios do interior

As cooperativas de energia elétrica ampliam sua presença no Brasil, garantindo o fornecimento de luz em regiões carentes. Concentradas no Sul, investem em fontes renováveis, ampliam redes e viabilizam o acesso ao mercado livre (independente de grandes distribuidoras).

A representatividade no fornecimento nacional é ainda pequena em termos de volume, mas significativa em relação a capilaridade e inclusão territorial. O modelo cooperativista, ao promover inclusão e descentralizar o setor, consolida-se como alternativa viável, fomentando uma matriz mais limpa e acessível, aponta a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

As cooperativas de distribuição atendem mais de 750 mil domicílios em 800 cidades. Certel e Ceriluz (RS) são exemplos de fornecimento em áreas antes desassistidas. Fundada em 1956, a Certel tem 80 mil associados em 48 municípios.

— A maioria dos consumidores está na área rural, o que é a marca do cooperativismo gaúcho — diz Erineo José Hennemann, presidente da Certel.

A Ceriluz atende 24 municípios desde 1966.

— Distribuímos energia a 14 mil associados, incluindo agronegócio, indústrias, comércio e órgãos públicos — diz Guilherme de Pauli, presidente da cooperativa.

No Rio Grande do Sul, 75% dos municípios são atendidos por cooperativas. Elas também atuam em Sergipe, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

Em Santa Catarina, a Coopera fornece energia a mais de 30 mil associados e inaugurou em 2024 sua primeira Pequena Central Hidrelétrica (PCH), com investimento de R$ 75 milhões.

A Cogecom (PR), fundada em 2017, atua na locação de usinas para fomentar investimento privado. Isso permite acelerar a expansão da energia limpa sem exigir investimentos em infraestrutura pesada, diz Roberto Corrêa, CEO do grupo.

 

Compartilhe: