Terça-feira, 5 de Agosto de 2025

Com Ambiental, JBS vai da proteína animal à reciclagem de embalagens plásticas

 Dentro de sua unidade de novos negócios, a  Dentro de sua unidade de novos negócios, a  tem uma operação que vem ganhando musculatura com a procura crescente por parte de grandes empresas por soluções de economia circular. Criada anos antes do conceito de sustentabilidade cair nas graças de um público mais amplo, ainda dentro do Bertin (comprado pelos Batista em 2010), a Ambiental, que atua na gestão de resíduos, reciclagem de plásticos e obtenção de novos produtos a partir do material, se prepara para uma nova rodada de expansão. 

 “A cada três anos temos um ciclo de planejamento estratégico. Estamos fechando agora o plano para o período de 2025 e 2027, olhando tanto para expansão em unidades operacionais quanto na matriz”, diz a gerente executiva da Ambiental, Thuany Taves. 

 Hoje, são 23 unidades em cinco Estados brasileiros, onde ocorre a coleta dos resíduos e seu pré-processamento, para então serem transformados em novos produtos na matriz, em Lins (SP). 

Em uma década, a operação já reciclou 40 mil toneladas de resíduos plásticos que seriam destinados a aterros sanitários.

 Conforme a Ambiental, do total de plásticos reciclados nos últimos dez anos, 35% foram destinados para insumos industriais e 65%, para a obtenção de novos produtos plásticos, como embalagens, pisos, gaiolas e paletes. 

 Um dos projetos desenvolvidos dentro de casa foi o de uma tecnologia que possibilita a transformação do plástico usado em produtos in natura, embalados à vácuo, em piso intertravado, lançado em 2021 e usado, inclusive, na sede da empresa.

 O piso “verde” da Ambiental atende às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a mesma resistência proporcionada por produtos de concreto. No ano passado, teve uma produção de 22 mil metros quadrados, equivalente à área de dois campos de futebol. 

Cerca de 80% do plástico reciclado pela Ambiental é gerado dentro do próprio grupo JBS, incluindo as operações de Friboi, Seara, Swift e Couros. “Gostamos de trabalhar com materiais que não têm reciclagem óbvia”, diz Thuany. Nascida com o objetivo de gerenciar e dar uma destinação correta aos resíduos gerados dentro da operação, a empresa se tornou especialista em desenvolver aplicações para o material reciclado e se consolidou como negócio, acrescenta a executiva. 

 Com a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2011, a Ambiental tornou-se ainda mais relevante e foi reestruturada, com a execução dos investimentos em reciclagem propriamente. Os primeiros equipamentos chegaram em 2014 e, três anos depois, teve início da produção de itens que levam a matéria-prima reciclada. Conforme Thuany, o grande marco da operação foi 2017, com os investimentos mais robustos em tecnologia e pesquisa. “A JBS é um cliente. 

O objetivo é trazer empresas que queiram ser parceiras em economia circular”, explica. 

 

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