Quinta-feira, 7 de Agosto de 2025

Com 1,2 milhão de clientes, Claro TV+ ganha espaço de venda em lojas

A Claro chegou em abril à marca de 1,2 milhão de usuários do serviço Claro TV+, sendo 1 milhão na modalidade do Claro Box (caixa conectada, que pode ser ligada a qualquer rede de banda larga) e 200 mil assinantes apenas por meio do app. São assinantes que se somam aos cerca de 3,5 milhões de assinantes no modelo tradicional. Ainda que a soma das duas ofertas ainda esteja longe dos números no auge do mercado de TV paga 10 anos atrás, quando a Claro chegou a ter 10,5 milhões de clientes, o novo modelo de TV da empresa, que junta streaming com oferta linear em uma distribuição baseada na Internet, sinaliza uma reação em um mercado que parecia condenado.

Segundo Ricardo Falcão, diretor do Claro TV+, o novo modelo de oferta tem mostrado um crescimento constante no volume de vendas (hoje na casa dos 80 mil por mês), já ajudou a Claro a estabilizar as receitas com o produto de TV e está próximo de fazer com que o produto vídeo volte a ter saldo positivo, mesmo com a imensa concorrência do streaming, da pirataria e das TVs conectadas. “O saldo é muito positivo na nossa estratégia de TV. O modelo do box tem um grande valor para o consumidor, e por isso já praticamente revertemos o ciclo de erosão da base de TV paga como um todo, equilibramos a receita e vemos um grande potencial de crescimento”, diz ele.

Um dos indicadores importantes notados pela Claro é que o Claro Box está cada vez mais demandado e conhecido nas lojas físicas, que têm se tornado o principal canal de apresentação e distribuição do serviço, o que nunca havia acontecido com o modelo de TV por assinatura tradicional. “O novo produto de TV precisa ser experimentado, porque ele é diferente, e por isso a loja ajuda muito. Além de todos os principais serviços de streaming e dos canais lineares, o Claro TV+ tem recursos que não existem nas plataformas de streaming tradicionais, tem uma experiência de navegação e busca muito mais completa, recursos de gravação… é um produto que traz muito valor para o consumidor, e o que a gente percebe é que hoje os pontos de venda físicos querem o produto para vender”.

Ele destaca que o Claro TV+ também tem sido importante na estratégia da Claro de oferecer o combo de banda larga e celular e é ainda mais relevante no combate ao churn dos demais produtos. 

Um ano de super bundle
Uma das inovações do Claro TV+ foi o “super bundle” de conteúdos, ou seja, o fato de o produto vir com a oferta de todos os canais lineares e ainda quatro dos principais serviços de streaming incluídos no pacote (Netflix, Globoplay, Apple TV e HBO Max), além da integração dos outros serviços de streaming na caixa, com login e busca automática. “Faz um pouco mais de um ano que inauguramos esse modelo no Brasil e o que percebemos é que as pessoas começam a entender que há uma grande vantagem financeira nesse modelo” .

Outro movimento importante é o modelo de TV everywhere, em que o app do Claro TV+ se torna uma alternativa para os clientes da TV por assinatura tradicional consumirem o conteúdo da Claro em outros dispositivos e fora de casa. “São mais de um milhão de clientes nossos que recorrentemente usam o app fora da residência”, diz.

O Claro TV+, seja no modelo box, seja no modelo app, ainda não está sendo explorado de maneira proativa em  parcerias com outros provedores de banda larga onde a operadora não atua, mas a Claro vê um aumento significativo no número de clientes do box e do app em outras redes de Internet que não as da própria empresa (que hoje é a maior provedora de banda larga do Brasil, com cerca de 10 milhões de clientes.

“Já tem um volume expressivo e crescente de clientes do Claro TV+ fora da nossa rede, o que mostra o potencial do produto”. Segundo Falcão, o desafio nesse caso é garantir a experiência do cliente, já que não há controle sobre a qualidade do serviço. “A gente monitora tudo, e podemos perceber uma experiência bem similar desses clientes, mas esse é sempre um desafio”.

Sinais regionais
O produto, explica Falcão, segue em processo de evolução. “A nossa preocupação é tirar qualquer atrito na experiência do cliente, seja na ativação das contas de streaming, instalação e ativação da caixa, e esse é nosso foco esse ano”, diz. Em termos de conteúdo, uma novidade tem sido a ampliação dos conteúdos das emissoras de TV, incluindo o sinal das afiliadas regionais conforme a cidade. “A gente tinha isso com a Globo, agora incluímos as regionais da Simba (Rede TV, SBT e Record) e vamos incluir as da Band”, diz Falcão.

Essa é, de certa forma, uma estratégia em resposta ao crescimento do mercado de TV aberta via satélite (TVRO) na banda Ku, que hoje conta com cerca de 15 milhões de domicílios no Brasil. Mas a Claro ainda não pensa em integrar a sua própria oferta de DTH (que ainda tem perto de 300 mil clientes) com o serviço de TVRO. “Tem oportunidades, mas ainda não é o nosso foco”, diz Falcão.

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