Automação impulsiona setor eletroeletrônico no RS
A área de Automação Industrial foi responsável pelo aumento das vendas de eletrodoeletrônicos no Rio Grande do Sul. Em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado, 57% de empresas do setor registraram aumento nas vendas e encomendas.
De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), outro dado relevante é o desempenho no comércio exterior, com o crescimento nas exportações. O número de empresas que reportaram crescimento nas exportações saltou de 17% em março para 54% em maio. “O Rio Grande do Sul tem uma vocação para a indústria eletroeletrônica. E a automação industrial vem tendo grande desempenho. Estamos em um momento muito interessante para a indústria”, avalia o diretor regional da Abinee-RS, Regis Haubert.
A indústria 4.0 e a robotização são citadas pelo dirigente como grandes propulsores. “Quase 50% das empresas de automação estão aqui no Estado. Algumas exportam para mais de 40 países”, observa. O setor vem sendo demandando por diversas áreas da economia, uma vez que aumenta, cada vez mais, a necessidade de eletroeletrônicos.
O desempenho também fez aumentar o nível de emprego. Conforme o levantamento de maio, o percentual de empresas que relataram aumento no número de funcionários subiu de 22%, em abril, para 33% em maio. A Abinee aponta que, de 2022 para este ano, foram criados cerca de 6 mil novas vagas. Ainda assim, ressalta Haubert, o setor de eletroeletrônicos se ressente da falta de mão de obra.
Haubert destacou o programa Semicondutores RS, da Secretaria de Inovação do Estado, que desenvolve ações multidisciplinares e transversais ligadas às universidades locais ligadas à inovação e à pesquisa científica, com foco em semicondutores. “Nossa área tem uma grande demanda de capital intelectual”, destacou.
A política estadunidense de tarifas é um ponto de preocupação para os empresários, uma vez que não há definição de quanto será imposto ao Brasil e como se comportará o mercado internacional. Ainda assim, conforme a pesquisa, são boas as expectativas dos empresários para este ano. Do total, 62% projetam crescimento nas vendas e encomendas, 24% esperam estabilidade e 14% preveem queda.
No ano passado, o setor teve um crescimento de 6%, com um faturamento de R$ 16 bilhões. Para este ano, segundo projeta Haubert, o crescimento deve ser de 4%.