Quarta-feira, 6 de Agosto de 2025

Anatel decide derrubar Amazon e Mercado Livre no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está em uma disputa jurídica com as gigantes do comércio eletrônico Amazon e Mercado Livre. Em maio, a Anatel solicitou à Justiça o bloqueio dessas plataformas no Brasil.

O motivo alegado é a venda contínua de produtos considerados “piratas” não homologados, que, segundo a agência, podem prejudicar a segurança do consumidor e as redes de telecomunicações.

Desde junho de 2024, a Anatel impôs que os e-commerces só pudessem comercializar produtos com código de homologação. As multas contra a Amazon e Mercado Livre já somam R$ 50 milhões. Contudo, as duas empresas se recusaram a obedecer a essa determinação, resultando em um intenso embate judicial que ainda persiste.

Centro da disputa
Produtos não homologados entram no país de maneira irregular e não passam por testes de segurança da Anatel. Isso traz riscos significativos, como falhas elétricas e interferências nas redes de telecomunicação. Esses produtos ilegalmente importados competem deslealmente com as marcas que seguem a legislação fiscal e de qualidade do Brasil.

A Anatel destaca que, se houver autorização para o bloqueio, a medida afetaria não apenas as empresas, mas também milhões de consumidores e pequenos empreendedores que usam essas plataformas para suas atividades econômicas. Esse cenário pode provocar um impacto econômico considerável e criar precedentes jurídicos relevantes.

Riscos técnicos
Os chamados “produtos piratas” não seguem os padrões de segurança e funcionamento estipulados pela Anatel. A ausência de homologação eleva o risco de problemas como falhas elétricas e interferências, comprometendo a integridade das redes de telecomunicações.

Essa situação cria um ambiente de concorrência desleal, prejudicando empresas que operam dentro dos padrões legais.

Se a Justiça autorizar o bloqueio, o mercado digital brasileiro enfrentará consequências diretas, afetando não só as grandes empresas, mas também empreendedores que utilizam estas plataformas para manter suas atividades. 

 

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