Alckmin destaca potencial de exportação para EUA e anuncia medidas de desoneração
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta sexta-feira (5) que a indústria brasileira tem potencial para ampliar suas vendas externas, especialmente para os Estados Unidos. Segundo ele, o governo vai “se empenhar agora na desoneração, na retirada do tarifaço para os setores industriais”.
Durante o encontro anual da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), Alckmin conversou com jornalistas e destacou a preocupação das empresas com o atual cenário. “A indústria está aqui desesperada e isso significou um problema no projeto de reindustrialização”, afirmou, relacionando o momento ao conjunto de leis e programas que, segundo ele, sustentam a recuperação do setor — como as políticas de informática e semicondutores. Essas iniciativas, explicou, formam uma base que favorece inovação, crédito e atração de investimentos.
Alckmin também citou a redução do contrabando como sinal de avanço. “O contrabando, de 25%, reduziu para 12% com a decisão da Anatel”. Para o ministro, essa queda fortalece a produção nacional e abre espaço para maiores exportações.
Sobre o desempenho macroeconômico, Alckmin utilizou dados comparativos para justificar o otimismo com a recuperação.
“O PIB teve um crescimento pequeno no último trimestre em razão dos juros, mas acreditamos que no ano que vem os juros caem, a inflação está em queda, nós estamos com a inflação abaixo do teto da métrica.”
Ele acrescentou que “o PIB cresceu 0,1%, mas a indústria cresceu 0,8%”, projetando que o setor industrial “vai crescer bem acima do PIB” caso se confirme o cenário de juros mais baixos.
O vice-presidente ressaltou que o setor de tecnologia e eletroeletrônicos “é um setor que exporta para os Estados Unidos”, justificando a necessidade de medidas que “desonerem exportação e investimento” para ampliar a participação brasileira em cadeias globais de valor.
Alckmin afirmou ainda que o governo pretende acelerar a retirada de barreiras tarifárias e ampliar incentivos, o que, em sua avaliação, aumentaria a competitividade internacional da indústria brasileira.