hiSky aposta em carros conectados via satélite e redes 5G em 3 anos
As soluções direc-to-device (D2D) são vistas como uma das promessas para alavancar o setor global de satélites, e há quem acredite em outras oportunidades de mercado decorrentes desta tendência. A visão de futuro para a hiSlky Sat, por exemplo, envolve carros conectados saindo de fábrica já com um terminal híbrido – que mescla Internet 5G terrestre e conexão via satélite para manter motoristas e passageiros conectados na estrada em qualquer lugar.
Durante o Congresso Latinoamericano Satélites nesta quinta-feira, 3, o diretor de vendas da hiSky, Russell Ribeiro, detalhou os planos da companhia nesse sentido. A empresa desenvolve equipamentos e soluções para operadoras de satélite. Atualmente, eles trabalham no desenvolvimento de um terminal (de 8 cm X 12 cm) para ser embutido no teto dos carros.
De acordo com Ribeiro, o equipamento estará disponível no mercado dentro dos próximos 3 a 4 anos. Da forma como o projeto está desenhado hoje, prevê-se operação multiorbital. O custo do terminal, segundo a hiSky, deve ficar abaixo dos U$ 100 (levando em consideração as cifras atuais), o que viabiliza o uso embarcado em transportes terrestres, por exemplo.
Projeto
O projeto é dividido em três fases. O primeiro estágio, de agora, é o de protótipo. Já a segunda fase deve durar entre 2025 e 2028. “Na fase 3, nós cremos que ele [o terminal] já venha integrado nos carros. Primeiramente serão nos de luxo, mas futuramente nos outros automóveis também”, disse Ribeiro.
De acordo com a hiSky, os terminais devem entregar até 20 Mbps de velocidade na conexão satelital. Mas isso também depende de qual constelação será utilizada. A solução é desenvolvida para ser compatível com satélites de baixa, média ou alta órbita – LEO, MEO e GEO.
Mercado
“Acredito que os carros conectados vão revolucionar o mercado, não só de [rede] celular, como também satelital. Estamos vendo o direct-to-device mexendo com o setor, mas essa conexão de carros também vai, de certa forma, trazer uma disrupção e um impulso bem grande ao nosso setor”, contou Ribeiro.
As perspectivas de retorno financeiro também animam a hiSky para emplacar a solução nos próximos anos. “Imaginamos que os carros conectados devem gerar um mercado em torno de U$ 2,5 bilhões a U$ 10 bilhões por ano a partir de 2030”, afirmou o diretor.