Domingo, 7 de Dezembro de 2025

Conta de luz mais cara em outubro gera indignação nas redes sociais

Mesmo com consumo reduzido, brasileiros têm enfrentado aumento nas contas de energia elétrica nos últimos meses. A principal causa é a bandeira vermelha, que está em vigor desde junho de 2025, alternando entre os patamares 1 e 2 — os mais caros do sistema tarifário nacional.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o mês de outubro mantém a bandeira vermelha no patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A justificativa é o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que exige o acionamento das usinas termelétricas, mais caras e poluentes.

Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a energia elétrica residencial foi o principal destaque do IPCA de setembro, com alta de 10,31%, representando 0,41 ponto percentual do índice total.

Comparativos de contas e reclamações nas redes sociais
Internautas relatam aumento mesmo com consumo igual ou menor
Nas redes sociais, diversos usuários têm compartilhado imagens de suas faturas e demonstrado insatisfação com os valores. O perfil Ivanildo Terceiro, por exemplo, mostrou que seu consumo caiu de 176 kWh em setembro para 172 kWh em outubro, mas o valor subiu de R$ 179,75 para R$ 193,32.

Outro caso é de Antonio Manoel Firmina Cassaca, que manteve o consumo em 90 kWh, mas viu sua conta subir de R$ 79,88 em julho para R$ 100,05 em outubro. Já o usuário ShadeNoah reclamou de um aumento acumulado de 30% nos últimos três anos.

Por outro lado, há relatos de cobranças indevidas. O internauta Nuublah afirmou que recebeu uma fatura alta mesmo com uma kitnet fechada há um ano e disjuntor desligado. “Este mês me cobraram um consumo inexistente. Mandei desligar e retirar o medidor”, escreveu.

Alternativas e busca por soluções
Energia solar ganha destaque como opção de economia
Diante dos aumentos, muitos consumidores têm buscado alternativas. Segundo levantamento da ABINEE e da empresa Descarbonize Soluções, houve crescimento de 22% nas buscas por placas solares nos últimos três meses. A queda de até 60% no custo de exportação dos painéis entre 2023 e 2024 tem tornado o investimento mais acessível.Software para finanças

Além disso, estados como Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso lideram as pesquisas por energia solar, indicando uma tendência nacional de migração para fontes renováveis como forma de reduzir gastos mensais.

 

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