Terça-feira, 5 de Agosto de 2025

Empresas de usinas eólicas em alto mar desmobilizam investimentos no Brasil

A demora na aprovação do marco legal de energia eólica em alto mar (offshore) no Congresso Nacional tem levado empresas do setor a abortar planos de investir no Brasil. Segundo fontes, grupos estrangeiros como o dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e a BlueFloat Energy, com sede na Espanha, já teriam desistido de colocar turbinas de geração no mar do País e transferido a previsão de investimentos bilionários para outras praças ao redor do mundo. Mesmo nas empresas decididas a esperar o regramento local, equipes montadas no Brasil enfrentam desgaste com as matrizes, dispensando pessoal e freando a realização de estudos ambientais e de viabilidade.

• BILHÕES. Quatro destes projetos têm participação da CIP, sob o nome da empresa Bosford Participações, com pouco mais de 7 GW de capacidade. A previsão de investimento seria de US$ 6 bilhões, capital que agora deve ser alocado em projetos semelhantes nos Estados Unidos, disseram fontes.

• BAIXA. A BlueFloat chegou a cadastrar sete projetos, com quase 18 GW de capacidade total, mas não teria começado estudos. A CIP informou que não comenta rumores de mercado. A BlueFloat não respondeu.

• COM CALMA. O diretor de Novos Negócios da Prumo Logística, Mauro Andrade, não cita nomes, mas confirma a debandada. Controladora do Porto do Açu, no Rio, a Prumo tem um projeto eólico offshore para o litoral fluminense (2,1 GW), mas está mais focada em receber as bases logísticas dos empreendimentos e na cadeia produtiva. A empresa já fechou alguns memorandos de intenção com companhias do setor.

• DESINTERESSE. “A verdade é que muitas dessas empresas já puxaram o ‘plug’ do País. Já foi. Elas mantêm um ou outro funcionário, mas os times já não olham mais para o Brasil, se voltaram a outros mercados”, diz Andrade. Ele cita mercados europeus, além dos EUA, Índia e até países latino-americanos, como a Colômbia.

• NO BOLSO. O presidente da Corio Generation no Brasil, Ricardo de Luca, confirma o cenário limite, mas diz que o grupo mantém a decisão de atuar no País. A empresa tem cinco projetos de eólicas em alto mar. “Há três anos investimos em tudo quanto é estudo possível. Estamos pagando todos esses custos, os times. Não podemos manter isso por mais um ou dois anos.”

• VULNERÁVEIS. Mais de 60% das tentativas de fraudes identificadas pela Serasa Experian em dispositivos, celulares ou computadores, são de roubo de contas em lojas eletrônicas, ou em serviços de avaliação ou em bancos. As mais comuns são no último setor: 84% das tentativas de roubo de conta identificadas foram no segmento bancário.

• POR MINUTOS. Foram identificadas uma tentativa de roubo de conta por minuto em 2023, segundo a Serasa. Os técnicos analisaram mais de 195 milhões de transações digitais, das quais 700 mil eram tentativas de fraude. Os fraudadores roubam os dados de acesso à conta e acessam para se fazer passar pela pessoa, que muitas vezes usa uma senha fraca, diz o gerente da Serasa Experian, Luis Tom Haddad. “É alguém que rouba a sua credencial de acesso à sua conta digital.”

• INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL… O Bradesco quer levar a todos os gerentes ainda este ano a versão “2.0” da BIA, assistente virtual de seus canais digitais que utiliza inteligência artificial (IA). A nova versão, que o banco está testando com um grupo selecionado de 1.600 gerentes e 600 clientes, inclui a IA generativa, que permite refinar as respostas e também uma conversa mais natural, o que é importante em especial para os clientes do varejo.

• … PARA A EQUIPE. A ideia do Bradesco é que os 60.000 gerentes estejam com a solução em mãos no final do segundo semestre.

Compartilhe: