Sábado, 2 de Agosto de 2025

WhatsApp aproveitará experiência do Instagram em publicidade e assinaturas, apostam especialistas

O WhatsApp vai aproveitar a experiência do Instagram em publicidade e venda de assinaturas quando abrir essas duas novidades para o seu público, apostam especialistas ouvidos por Mobile Time. A tendência é que as plataformas hoje utilizadas pelo Instagram sejam aproveitadas pelo WhatsApp, por serem ambos controlados pela mesma empresa, a Meta.

Publicidade no WhatsApp

No caso de publicidade no Status do WhatsApp, a expectativa é de que a mecânica seja similar àquela utilizada para anunciar no Stories do Instagram. A marca precisará ter uma conta comercial cadastrada na Meta para usar o Facebook Ads Manager. Lá, vai poder montar cada campanha com orçamento diário, segmentação de público-alvo e definição de tempo de duração.

No caso do WhatsApp, talvez a segmentação não seja tão profunda e detalhista quanto aquela disponível no Instagram, pois o app de mensageria coleta menos dados de perfil do usuário que a rede social. A não ser que a conta esteja associada a outras do mesmo usuário no Instagram e Facebook.

Sobre essa questão, vale lembrar o que a Meta escreveu no blog oficial do WhatsApp na semana passada: “Para mostrar os anúncios no status ou promover os canais que possam ser do seu interesse, usaremos dados limitados, como seu país ou cidade, o idioma, os canais que você segue e a forma como você interage com os anúncios exibidos. No caso de pessoas que escolheram adicionar o WhatsApp à Central de Contas, também usaremos as preferências de anúncios e os dados das outras contas da Meta. Além disso, nunca venderemos nem compartilharemos seu número de telefone com anunciantes. Suas conversas pessoais, ligações e os grupos dos quais você participa não serão usados para determinar os anúncios veiculados para você”.

Assinatura de canais

Em alguns países, é possível assinar conteúdo exclusivo de criadores de conteúdo no Instagram. As contas que vendem acesso a conteúdo pago exclusivo são identificadas por uma coroa roxa (veja exemplo abaixo do ator norte-americano Tyler Hoechlin). Para cobrar por assinatura, é preciso ter uma conta comercial/profissional com pelo menos 10 mil seguidores.

O preço de assinatura é definido pelo dono da conta e pode variar entre US$ 0,99 e US$ 99,99 por mês. O pagamento é feito pelo billing das lojas de aplicativos Google Play e App Store, que retêm uma comissão de 30%. O restante vai integralmente para o criador de conteúdo, sem nenhuma retenção extra por parte da Meta.

No caso do Instagram, as contas com assinatura podem trabalhar de forma híbrida: parte do conteúdo é aberto a todos e parte fica visível apenas para assinantes. Os conteúdos exclusivos podem ser stories, reels, lives e chats. Os usuários assinantes também recebem um selo para serem identificados uns pelos outros no Instagram.

Ainda não está claro se no WhatsApp também será possível adotar esse modelo freemium, com parte do conteúdo aberto e parte fechado, ou se os canais pagos terão que ser inteiramente fechados.

Cronograma
A Meta não divulgou oficialmente quando as novidades estarão disponíveis para todo mundo. Entre as fontes ouvidas por Mobile Time, a informação que circula é de que as novas ferramentas serão testadas por um grupo seleto de criadores de conteúdo nos próximos meses e o lançamento oficial no Brasil aconteceria até o final do ano.

 

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