Terça-feira, 5 de Agosto de 2025

CPFL registra lucro de R$ 1,6 bilhão no 1º trimestre

 O grupo CPFLreportou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2024, queda de 8% em relação ao mesmo período de 2024. A redução se deve ao fim do contrato de uma termelétrica, cortes de geração impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), queda de temperatura e despesas financeiras.

 O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ) foi de R$ 3,9 bilhões, resultado praticamente estável, com leve queda de 0,4% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. 

 A receita operacional líquida da empresa fechou o trimestre com R$ 10,6 bilhões, variação 4,8% superior ao mesmo período de 2024. O mercado faturado de energia elétrica avançou 1,6% no trimestre, totalizando 18.917 GWh. 

 O destaque foi a alta no segmento residencial, impulsionada por fatores estruturais, como aumento da massa de renda, emprego e crescimento vegetativo nas áreas de concessão. “Como dado positivo, tivemos o crescimento do consumo per capita, o que faz com que, no final do dia, a gente tenha um crescimento no mercado residencial de 2,7% e o comercial praticamente estável, com queda de 0,4%”, diz o CEO da empresa Gustavo Estrella.

O consumo industrial cresceu 1,3%, com destaque para os setores de papel (+8,1%), veículos (+5,8%) e borracha e plásticos (+3,2%), sinalizando uma recuperação gradual da atividade econômica.

 Estrella afirma que a inadimplência mostrou recuo no período por conta da maior realização de cortes de energia, quando comparado com o mesmo período no ano passado, favorecido pela menor incidência de eventos climáticos extremos na área de concessão.

 “Estávamos pressionados com a inadimplência. Fizemos um plano de aumento dos cortes. Tivemos desafios por conta dos eventos climáticos, em especial no Rio Grande do Sul, mas recuperamos e batemos mais de 700 mil cortes no quarto trimestre e mais de 600 mil neste trimestre”, afirma.

 Na geração de energia, as restrições operacionais impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), conhecido pelo jargão “curtailment”, continuam castigando o desempenho da geração eólica. Ainda assim, o segmento registrou crescimento de 5% no trimestre. Desconsiderando os efeitos do “curtailment”, o avanço teria sido de 27%. 

 “O curtailment continua afetando muito nossos negócios”, diz. “Se nada acontecer, temos uma perspectiva muito ruim até o final deste ano.”

 Como parte da estratégia para reduzir o risco de refinanciamento, a empresa antecipou vencimentos de 2025 e 2026 e alongou sua dívida, reduzindo a pressão de curto prazo. O novo custo médio foi ajustado para CDI mais 0,5% de spread.

 

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