Marca Embratel é extinta em reformulação da Claro
A marca Embratel, avaliada em US$ 716 milhões (R$ 4,1 bilhões), deixa de existir no mercado de telecomunicações 60 anos após sua criação para virar ‘ Claro empresas ’, anunciou a operadora Claro nesta quarta-feira (2). A mudança de marca é acompanhada de uma nova estrutura de negócios corporativos do grupo.
Agora, o atendimento ao setor empresarial está dividido em duas unidades, cada uma com seu próprio executivo-chefe (CEO). Pequenos e médios negócios estão em uma divisão, enquanto as empresas de grande porte e o setor público estão em outra.
A unidade de Grandes Empresas e Governo está sob o comando do executivo-chefe (CEO) José Formoso. O executivo trabalha na Embratel desde 2004. Desde 2010, atuava como presidente da companhia.
A divisão de Pequenas e Médias Empresas fica sob a liderança da CEO Roberta Godoi. A executiva retornou à Claro em janeiro com a missão de expandir a oferta de serviços a esse segmento. Godoi já acumula seis anos, de 2015 e 2021, de trabalho na área de pequenas e médias empresas do grupo.
De acordo com o presidente da Claro, José Félix, a mudança de nome da Embratel e a nova estrutura corporativa da Claro empresas criam uma oportunidade de “inovar, de forma que faça sentido e traga resultados”.
Na avaliação do executivo-chefe da Claro, Rodrigo Marques, a mudança de nome e a reestruturação fortalecem os planos da operadora no sentido de ampliar sua participação no mercado de serviços de conectividade a pequenas e médias empresas.
É uma oportunidade de inovar, de forma que faça sentido e traga resultados” — José Félix
“Conduzimos um trabalho aprofundado para entender quais eram as oportunidades no mercado empresarial brasileiro. Temos uma posição de liderança em grandes empresas, mas uma presença menor em PME [pequenas e médias empresas]”, disse Marques ao Valor.
“Com este movimento, nossa projeção é aumentar substancialmente o nosso faturamento nos próximos anos no mercado de conectividade e soluções digitais”, completou o executivo.
A Embratel era a única grande marca do grupo Claro operando com um nome independente, depois da Net, extinta em 2019.
A marca Embratel foi avaliada em US$ 716 milhões (R$ 4,1 bilhões na cotação do dólar pelo Banco Central), segundo o estudo BrandZ Brasil realizado pela consultoria Kantar. A análise considera o valor financeiro e a contribuição de marcas que pertencem a empresas listadas em bolsa ou que divulgam duas demonstrações financeiras publicamente.
Temos uma posição de liderança em grandes empresas, mas menor em PME” — Rodrigo Marques
O nome Embratel é uma abreviação de Empresa Brasileira de Telecomunicações, holding estatal criada em 1965. A empresa foi privatizada em 1998, vendida à americana WorldCom, que entrou em falência após um escândalo contábil. Em 2004, a Embratel foi adquirida pela operadora mexicana Telmex por US$ 400 milhões. A operadora também assumiu cerca de US$ 1 bilhão em dívidas da adquirida.
Em 2011, a Embratel foi comprada pela América Móvil, controladora da Telmex, da Claro e de outras empresas do empresário mexicano Carlos Slim. Em 2015, a empresa foi incorporada pelo grupo Claro.
Com a aquisição, o grupo Claro também integrou a antiga Net, empresa de serviços de TV paga e banda larga residencial, que havia sido comprada pela Embratel em 2005.
A marca Net deixou de existir em 2019 e seus produtos foram absorvidos pela Claro. Em 2022, o grupo criou uma nova divisão de serviços de TV paga batizada de Claro tv+.