Sábado, 2 de Agosto de 2025

GSI recomenda proteção física e redundância para cabos submarinos

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) endereçou na última semana uma série de recomendações à Anatel para o fortalecimento da segurança e resiliência de cabos submarinos operando no Brasil.

A entrega do documento foi formalizada no último dia 10, em encontro entre representantes da Marinha lotados no GSI e a superintendência de Controle de Obrigações da Anatel. As recomendações são resultado de dois anos de trabalho do Grupo Técnico de Segurança das Infraestruturas Críticas, coordenado pelo gabinete.

Segundo apurou TELETIME, entre as recomendações diante de um cenário crescente de ameaças físicas e operacionais para cabos estão medidas para fortalecer a segurança física das infraestruturas, incluindo a instalação de sistemas de monitoramento, barreiras físicas e a proteção de cabos em águas rasas.

Também foi enfatizada a necessidade de redundância operacional, com a diversificação das rotas (hoje bastante concentradas em poucas cidades brasileiras) e a implementação de planos de resposta a incidentes para garantir a rápida recuperação em caso de falhas ou ataques.

O relatório ainda recomenda avaliações periódicas de risco e manutenções preventivas, para assegurar que a infraestrutura continue operando com alta disponibilidade e confiabilidade. Investimentos em capacitação de especialistas e campanhas de conscientização pública também foram sugeridos.

Por fim, é vista como necessária uma abordagem integrada entre diferentes atores, seja com colaboração nacional ou internacional. Entre as diretrizes sugeridas pelo GSI estão a criação de parcerias entre órgãos públicos e privados para fortalecer a segurança dos cabos submarinos e o estabelecimento de acordos internacionais para troca de informações e recursos.

Arcabouço
Agora, o relatório servirá de base para futuras ações regulatórias e políticas públicas da Anatel voltadas ao aprimoramento da segurança cibernética e da resiliência das comunicações brasileiras. Mas também é visto como necessário que a própria legislação brasileira passe a contemplar novas práticas globais para a proteção das infraestruturas críticas.

“Vale destacar que mais de 97% do tráfego internacional de dados ocorre por meio de cabos submarinos de fibra óptica. Portanto, garantir a segurança e o funcionamento adequado dessas estruturas é crucial para a soberania digital e para a estabilidade das comunicações no Brasil”, notou a Anatel, em nota onde abordou o encontro com o GSI.

 

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