5G FWA passa no teste para conectar escolas públicas remotas

A tecnologia 5G FWA (Fixed Wireless Access) acaba de dar um passo decisivo rumo à sua consolidação como solução de conectividade para áreas de difícil acesso. Um projeto-piloto coordenado pelo Ministério das Comunicações (MCom), em parceria com CPQD, Qualcomm, Intelbras e Brisanet, comprovou a eficácia do modelo para conectar escolas públicas em regiões rurais e isoladas do Brasil com desempenho comparável ao da fibra óptica.

O teste foi realizado em três escolas do interior do Rio Grande do Norte, com duração de cinco semanas. As instituições foram escolhidas com base na distância das torres de sinal 5G (de 1,6 a 4,7 km), e receberam equipamentos CPE externos para otimizar a recepção do sinal. Durante o piloto, o CPQD monitorou indicadores de desempenho e confirmou que a tecnologia atendeu aos requisitos da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC) — com velocidade média de 1 Mbps por aluno, mesmo nos maiores turnos.

“O 5G FWA se mostra como uma alternativa viável, rápida e complementar à fibra óptica e ao satélite. Isso acelera a implementação da nossa política pública e amplia a inclusão digital nas regiões mais desafiadoras do país”, destacou Frederico de Siqueira Filho, ministro das Comunicações.

Além de facilitar a implantação, o modelo reduz custos operacionais e encurta prazos de entrega. Segundo o CPQD, o FWA é uma alternativa estratégica para levar internet de alta velocidade a áreas com infraestrutura limitada, sem a necessidade de grandes obras civis.
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A possibilidade de implantação ágil e o desempenho consistente reforçam o FWA como caminho para conectar regiões historicamente excluídas do acesso digital”, afirma Gustavo Correa, gerente executivo de Soluções de Conectividade do CPQD.

Continuidade e expansão

O projeto no RN dá sequência a outro piloto conduzido em setembro de 2024 no Distrito Federal, onde o foco foi o uso do 5G FWA em ambiente indoor, em seis escolas públicas urbanas. Os testes registraram velocidades de até 945 Mbps, envolvendo mais de 2.400 alunos, e reforçaram o potencial da tecnologia em diferentes cenários.

“A Brisanet tem histórico de levar conectividade onde ela é mais necessária. Participar do piloto com o 5G FWA reforça nossa missão no Nordeste e mostra como a tecnologia pode transformar a educação”, afirma Roberto Nogueira, CEO da Brisanet.

Com os resultados, o MCom avança na meta de conectar todas as 138 mil escolas da educação básica no país, promovendo equidade digital e preparando a base educacional brasileira para os desafios da economia digital.