5G FWA outdoor se mostra viável para conectar escolas rurais, diz MCom
O Ministério das Comunicações concluiu uma prova de conceito no Rio Grande do Norte que demonstrou que o 5G FWA (acesso fixo sem fio) pode oferecer velocidades equivalentes às da fibra óptica, sendo uma alternativa viável para conectar escolas em áreas rurais remotas.
O teste envolveu parcerias com CPQD, Qualcomm, Brisanet, Intelbras e Beenoculus. O projeto avaliou o uso de 5G FWA outdoor em três escolas rurais, localizadas a distâncias variadas de torres 5G da Brisanet. A infraestrutura instalada incluiu terminais 5G FWA da Intelbras, que recebem o sinal e o distribuem via Wi-Fi.
Os resultados foram promissores: mesmo em turnos de maior movimento, a velocidade média por aluno superou significativamente 1 Mbps (padrão do programa Escolas Conectadas), atingindo, por exemplo, 39,68 Mbps em uma escola.
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou que o 5G FWA pode acelerar a inclusão digital ao complementar a fibra óptica e o satélite.
“Temos o objetivo de conectar todas as 138 mil escolas da educação básica por meio do programa Escolas Conectadas. O resultado desse piloto mostra que o 5G FWA pode ser uma alternativa rápida e viável, complementando a fibra óptica e a conexão satelital. Isso acelera a implementação da nossa política pública e amplia as possibilidades de inclusão digital no País”, afirmou.
Gustavo Correa Lima, do CPQD, ressaltou que a tecnologia FWA é uma alternativa estratégica por sua rápida implantação e custo reduzido em comparação com a fibra óptica, levando conexões de alta qualidade a locais com infraestrutura limitada.
Um teste anterior, no Distrito Federal, também confirmou o potencial do 5G FWA em ambientes urbanos, com velocidades de até 945 Mbps, reforçando seu papel como solução complementar de conectividade.