O horizonte da indústria eletroeletrônica
Gaúcha ZH - Opinião - 04/07/2022

Por Régis Haubert, diretor regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

Se existe uma palavra que sintetiza o presente da indústria eletroeletrônica gaúcha, ela é desafio. Nossas empresas operam em um cenário global, marcado pela escassez de insumos, problemas logísticos, variação cambial e forte dependência asiática e, neste ano, ainda se preparam para a típica instabilidade gerada pelas eleições nacionais. Apesar das adversidades, o horizonte ainda é otimista.

Nosso setor representa 2% do PIB do Rio Grande do Sul e o número de empregos gerados aumentou em 3,4% de 2020 para 2021

Uma das recentes vitórias do nosso setor foi na área fiscal-tributária. A Receita Estadual eliminou a substituição tributária para oito grupos de mercadorias que englobam boa parte dos produtos eletroeletrônicos. A medida será válida a partir de julho e vai resultar em simplificação para nossas empresas, fortalecendo, consequentemente, a indústria local. Essa tem sido uma pauta recorrente da Abinee em conjunto com outros setores da economia e se trata de uma conquista de toda sociedade gaúcha.

Para ajudar a rarear os impactos da escassez de insumos e dos problemas logísticos internacionais, a Abinee criou um canal digital entre as empresas para prospecção e comercialização de insumos, principalmente semicondutores, matérias-primas e outros recursos necessários para o funcionamento do setor. Desse modo, aproximamos empresas com dificuldade em encontrar materiais no mercado a outras que possam tê-los parados em seus estoques.

Por fim, a partir de julho, vamos retomar os encontros presenciais com nossa tradicional reunião-almoço, que, devido à pandemia, já não é realizada há dois anos. Este é um importante fórum para as empresas compartilharem suas experiências e dialogarem com atores significativos no contexto político, econômico e social.

Nosso setor representa 2% do PIB do Rio Grande do Sul e o número de empregos gerados aumentou em 3,4% de 2020 para 2021. Para este ano, a indústria eletroeletrônica gaúcha espera aumentar em 22% seu faturamento, sobretudo com as áreas de informática, automação industrial e equipamentos. Mesmo com todas as dificuldades que se apresentam, é somente com nossa união que poderemos construir o Estado e o país que queremos.