A decisão da China de flexibilizar as restrições de combate à covid-19 pode trazer melhorias na área de logística para importações de componentes eletroeletrônicos, mas o impacto na cadeira de suprimentos deve ocorrer no médio prazo, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
“Esperamos que haja maior disponibilidade de navios e aviões, o que poderá, a médio prazo, se refletir nos preços, mas não de imediato”, disse o presidente da entidade que reúne 400 associados.
A Abinee não prevê aumento de encomendas pelo setor tendo em vista que as importações ocorrem conforme o planejamento de vendas e produção.
Barbato destaca que o movimento diminuirá os problemas nas cadeias produtivas, mas que ainda é cedo para afirmar quando isso ocorrerá. O mercado de semicondutores sofre uma crise global de abastecimento desde o início da pandemia da covid-19. “O problema é grave e só será resolvido no médio prazo”, afirma o presidente da Abinee.
O Valor apurou junto a uma empresa do setor que a flexibilização não muda o cenário, pois ainda mantém os dez dias de quarentena, o que torna ainda difícil a retomada de discussões presenciais com fornecedores chineses.