Uma nova pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) revelou que a quantidade de celulares contrabandeados vendidos no Brasil aumentou significativamente entre 2022 e 2023. Esse crescimento é atribuído à atuação das principais plataformas de marketplace, o que representa uma ameaça à produção nacional.
No ano passado, aproximadamente 6,2 milhões de unidades ilegais foram comercializadas no país, em comparação com cerca de 3 milhões em 2022. Além disso, a proporção de aparelhos contrabandeados aumentou a cada trimestre, passando de 9% no início do ano para 25% nos últimos meses de 2023.
O presidente da Abinee alertou que, devido ao aumento exponencial registrado no ano passado, a tendência é que a proporção de modelos contrabandeados chegue a 30 ou 35% em 2024. Os celulares contrabandeados, focados em modelos de preço mais baixo, entram principalmente pelo Paraguai e são vendidos por valores abaixo do mercado interno, resultando em uma perda de arrecadação nacional que pode chegar a R$ 4 bilhões, sendo R$ 1 bilhão somente no estado de São Paulo.