Celulares ilegais representam 25% do mercado brasileiro
Mundo Conectado - 27/03/2024

A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) revelou que celulares ilegais representam 25% do setor de smartphones no Brasil. De acordo com a associação, foram 6,2 milhões de aparelhos comercializados sem impostos durante o ano de 2023.

Segundo Humberto Barbato, presidente da Abinee, a fiscalização nas fronteiras não está sendo o suficiente para coibir o mercado de celulares ilegais. Além disso, ele destaca que o consumidor é o maior prejudicado, ao adquirir um celular no mercado cinza.

A fiscalização que temos em fronteira não está sendo suficiente para coibir este gravíssimo problema

Humberto Barbato – Abinee

Abinee pede medidas mais drásticas para combater mercado de celulares ilegais
A Abinee pediu às autoridades medidas mais drásticas para combater o mercado de celulares ilegais. “Nossas autoridades precisam tomar uma medida mais drástica“. Companhias como Apple e Samsung também fazem pressão, em busca de atitudes mais rígidas de fiscalização.

Dentre os celulares ilegais mais comercializados no Brasil, nós temos o Xiaomi Redmi Note 12. De acordo com Luiz Carneiro, diretor de dispositivos móveis da Abinee, os smartphones da fabricante chinesa são muito populares no mercado cinza.

Outros produtos chineses, como os celulares da Realme e da Oppo também ganham força nas vendas de aparelhos ilegais. A Abinee destaca que a maior parte dos dispositivos entra no Brasil através da fronteira com o Paraguai.

Além disso, a Abinee destacou que muitas lojas de e-commerce vendem os celulares ilegais com fortes descontos – que muitas vezes passam dos 50%. Segundo eles, tais lojas são coniventes com o mercado ilegal e também precisam de responsabilização.

Dentre as estimativas da Abinee, a associação estima uma perda de R$ 4 bilhões em arrecadação ao longo do ano de 2024. Caso o governo federal não ajuste suas medidas, a fatia de 25% pode acabar aumentando durante o decorrer do ano.

Enquanto o governo federal vai distribuir chips de celular para estudantes de baixa renda, ele ainda precisa implementar medidas mais fortes para combater o contrabando. Mesmo que o Brasil realize ações de facilitar o acesso aos dispositivos, muitos brasileiros continuarão adquirindo smartphone sem pagar imposto e fortalecendo o mercado ilegal de celulares.